quarta-feira, 2 de maio de 2012

Entrevista Washington Novaes


Dica quente que me deram agora aqui no Jardim...

Esse velhinho aí é um jornalistas que já dava pitaco sobre Educação Ambiental antes disso entrar na moda.

Tô ouvindo afora... vale a pena dar uma espiada. =]


http://g1.globo.com/globo-news/milenio/videos/t/programas/v/brasil-desmata-20-mil-quilometros-quadrados-por-ano-diz-jornalista-washington-novaes/1927040/



= = =
http://www2.tvcultura.com.br/reportereco/artigo.asp?artigoid=287

Washington Novaes - Lista de todos os artigos no Repórter ECO (TV Cultura)

A escassez de água e de investimentos
O Brasil precisa investir 178 bilhões e meio de reais para oferecer o tratamento de água e esgoto à grande parte da população.
Desafios de 2004
O ano de 2004 vai exigir que os brasileiros se organizem muito mais, para que as chamadas questões ambientais entrem em pauta em todas as áreas de governo.
Agricultura e Insumos
Até 2050, a população mundial deve ultrapassar os 8 milhões de pessoas, segundo a ONU. Haverá comida suficiente para todos?
Criança: direito de viver e ser feliz
Há muita coisa a se fazer. Mas, antes de tudo, é decisivo dar prioridade ás crianças. Elas têm o direito de viver e de ser felizes.
Balanço da Biodiversidade em 2003
2003 foi um ano de avanços importantes na área da biodiversidade no Brasil. E também um ano de muitos problemas inquietantes.
São Paulo - 450 anos
Nestas comemorações dos seus 450 anos, a cidade de São Paulo precisa assumir alguns compromissos com ela mesma. para que volte a ser linda como já foi.
Índios: conflitos pela demarcação de terras
É muito grave o que está acontecendo no Brasil na área indígena, com conflitos cada vez mais freqüentes e mais próximos de desfechos violentos.
Água - um recurso essencial que deve ser conservado.
No meio de tantas notícias preocupantes sobre a situação dos recursos hídricos no Brasil, há também algumas notícias boas.
Mudança Climática 
Com o impasse em torno do Protocolode Kyoto, cresce no mundo todo a preocupação com a emissão de gases que intensificam o efeito estufa e levam a mudanças climáticas.
Relatório Estado do Mundo aponta consumo exagerado
O Worldwatch Institute lançou o Estado do Mundo 2003- um amplo relatório sobre a situação do planeta- que confirma o que o Programa das Nações Unidas vem afirmando há anos: estamos consumindo mais do que o nosso planeta pode suportar.
Cresce no mundo a discussão sobre energias alternativas
Com o impasse em torno do Protocolode Kyoto, cresce no mundo todo a discussão para outros caminhos que permitam reduzir a emissão de gases que intensificam o efeito estufa e levam a mudanças climáticas.
Conservação de água 
As indústrias precisam ser obrigadas a implantar programas de reciclagem e reuso da água. Cada imóvel precisaria ter instalações simples para captar água de chuvas e utilizá-la para regar jardins e hortas lavar carros. Economizaria água e ajudaria a evitar inundações.
Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia.
O Ministério do Meio Ambiente e o governo federal vão enfrentar um duro teste com o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia, anunciado há poucos dias.
É preciso instalar conselhos de meio ambiente em cada município.
A sociedade precisa aprender a se organizar para exigir a proteção do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida.
A cultura indígena e a conservação da natureza.
Os índios sabem conservar a natureza. E sabem viver das formas mais democráticas. Merecem respeito.
O grave problema das mudanças climáticas no mundo.
Proposta alternativa ao Protocolo de Kyoto pode sair em dezembro de 2004, em reunião na Argentina.
As Terras Indígenas e a conservação da biodiversidade.
A polêmica em torno da demarcação das terras indígenas do Brasil.
Os desmatamentos na Amazônia.
O avanço da soja e a criação do gado são principais
responsáveis pelos desmatamentos na Amazônia
Um terço dos brasileiros está abaixo da linha da miséria,
A concentração da renda é dramática, pior que a de muitos dos países mais pobres no mundo
As motos geram cada vez mais acidentes e contribuem para o aumento da poluição do ar.
Uma moto nova emite quase 16 vezes mais gases poluentes que um carro novo.
Relatório da FAO reabre polêmica sobre a questão dos transgênicos.
Fao afirma que países mais pobres devem investir na tecnologia dos alimentos geneticamente modificados.
Clima reage às ações humanas
O mundo já enfrenta as consequências das mudanças climáticas. É a natureza que reage às ações humanas.
O Brasil e a polêmica nuclear
Programas de energias alternativas ainda são muito tímidos
O lixo preocupa
Só uma pequena porcentagem é reciclada
Saneamento básico
Novo projeto será enviado ao Congresso
O plano do governo federal : Amazônia Sustentável.
Plano federal tenta criar o desenvolvimento da região sem prejuízo para o meio ambiente.
A humanidade consome além da capacidade de reposição da Terra.
A insustentabilidade dos atuais padrões de consumo e produção no mundo.
É urgente criar novas áreas de conservação no Cerrado.
Os fragmentos com possibilidade de sobrevivência no bioma já são hoje menos de 5 por cento do total.
Fitoterápicos
A fitoterapia incentiva as aplicações de espécies da
biodiversidade brasileira.
O Brasil e a questão do amianto
Regras devem ser definidas até o fim do ano
Agricultura familiar- uma das melhores possibilidades brasileiras.
A agricultura familiar é decisa em matéria de alimentação
para a população, na geração de postos de trabalho e nos cuidados com o meio ambiente.
Polêmica: Senado deve votar substitutivo ao projeto de lei sobre biossegurança.
O substitutivo ao projeto de lei sobre biossegurança retira a competência do Ministério do Meio Ambiente e Ministério da Saúde para exigir a realização de estudos prévios de impacto ambiental ou estudos epidemiológicos, em caso de riscos para o meio ambiente ou a saúde humana .
Terrorismo e Meio Ambiente.
A mais séria ameaça à humanidade não está no terrorismo, e sim nas mudanças climáticas e no consumo além da capacidade de sustentação do planeta.
Os caminhos da Amazônia.
O encontro de cientistas, especialistas do governo e dos empresários pode ditar novos rumos para a Amazônia.
A discussão sobre o uso polêmico de animais em testes. 
Cresce a campanha internacional para impedir que animais
continuem sendo usados em testes de laboratórios.
Água do Brasil - e-mail: wlrnovaes@uol.com.br
É preciso conter o desperdício.
O recurso é finito.
Eleições municipais e políticas públicas para a área ambiental. - e-mail : wlrnovaes@uol.com.br
Os prefeitos terão que preocupar-se muito em conceber e
executar políticas públicas para a chamada área ambiental.
A Rússia decide ratificar o Protocolo de Kyoto. - e-mail: wlrnovaes@uol.com.br
Uma pequena luz de esperança para enfrentar o desafio mundial das mudanças climáticas.
Índios cinta-larga e confronto com garimpeiros.
É preciso garantir aos índios a possibilidade de continuarem vivendo segundo seus padrões culturais, em áreas protegidas impedindo qualquer invasão.
O projeto polêmico de transposição das águas do Rio São Francisco. - e-mail : wlrnovaes@uol.com.br
A transposição atende a interesses dos que querem fazer grandes projetos de irrigação para exportar algodão e frutas, e dos que querem fazer grandes obras de engenharia. Não é o interesse das vítimas da seca.
Uma aliança para salvar o Rio Xingu. - e-mail: wlrnovaes@uol.com.br
Produtores rurais, índios, exportadores de soja, socioambientalistas, pesquisadores e dirigentes sindicais sentaram-se à mesa para discutir um assunto de interesse comum: a recuperação das matas ciliares e afluentes do rio Xingu, no Mato Grosso.
Os problemas com os índios Krahôs para remunerá-los pelo uso de seus conhecimentos em pesquisas. - e-mail : wlrnovaes@uol.com.br
Os krahôs reclamam porque cientistas fizeram acordo para utilização só com 3 dos 17 grupos da etnia.
A reunião da ONU sobre o futuro do planeta, diante do perigo do aquecimento global. - e-mail : wlrnovaes@uol.com.br
A reunião da ONU , em Buenos Aires, de 6 a 17 de dezembro :provável pressão sobre países como Índia e Brasil para que reduzam suas emissões de gases que intensificam o efeito estufa.
Que futuro vamos legar às nossas crianças é a pergunta do Repórter Eco no Dia Internacional da Criança na TV. - e-mail : wlrnovaes@uol.com.br
São mais de 50 milhões de brasileiros entre zero e 14 anos de idade, cerca de 30 por cento da população. E o futuro que está desenhado para elas desperta muitas inquietações.
Balanço da 10a. Reunião das Partes da Convenção sobre Mudanças Climáticas, em Buenos Aires. - e-mail : wlrnovaes@uol.com.br
É preciso criar rapidamente sistemas competentes de previsão de clima e fenômenos climáticos de grande intensidade.
O projeto polêmico de transposição do Rio São Francisco. - e-mail: wlrnovaes@uol.com.br
O projeto de transposição não resolverá o problema de mais de 10 milhões de pessoas que são vítimas da seca.
Entra em vigor o Protocolo de Kyoto. - e-mail : wlrnovaes@uol.com.br
O documento é o primeiro passo concreto para evitar mudanças climáticas.
Telefones celulares: novos estudos apontam riscos para a saúde principalmente de crianças. - e-mail : wlrnovaes@uol.com.br
Os telefones celulares já chegam a 65,6 milhões de aparelhos, quase dois terços dos telefones no Brasil.
O Brasil na contramão do mundo em matéria de restrições ao fumo, a bebidas alcóolicas e propaganda enganosa de alimentos. - e-mail; wlrnovaes@uol.com.br
O Brasil não ratificou a Convenção Internacional do tabaco , que entrou em vigor e prevê controle sobre a propaganda de cigarros, sugere aumento de impostos e regula a venda desses produtos.
Está-se ampliando no Brasil a proteção aos direitos do consumidor . - wlrnovaes@uol.com.br
Por vários caminhos: decisões da Justiça, ações dos chamados Procons estaduais e do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor , do Ministério da Justiça, iniciativas como as do Instituto de Defesa do Consumidor- O IDEC.
Mais de um bilhão de pessoas vive com menos de um dólar , menos de três reais por dia. 840 milhões passam fome todos os dias. - wlrnovaes@uol.com.br
Se os paises ricos destinassem pelo menos 50 centavos de dólar a cada 100 dólares de sua renda para programas de combate à miséria, as soluções poderiam avançar muito diz a ONU.
A discussão sobre ética nas pesquisas e na comercialização de remédios. - e-mail ; wlrnovaes@uol.com.br
Grande parte da comunidade científica mundial está pressionando para que as empresas farmacêuticas sejam obrigadas a publicar todos os resultados de seus estudos e testes com medicamentos.
Polêmica sobre energia nuclear está de volta ao Brasil. - e-mail : wlrnovaes@uol.com.br
O governo federal está destinando no orçamento deste ano recursos para construir a usina Angra III .
Brasil continua sem definir uma estratégia nacional para alimentos transgênicos. 
Com a lei de Biossegurança , Brasil desrespeita convenções internacionais que assinou e que consagram, para casos assim, o princípio da precaução. Desrespeitou a própria Constituição nacional, que prevê a exigência de estudos de impacto ambiental e de riscos para a saúde. Ignorou o Código Penal, que proíbe contrabando de sementes transgênicas. Deixou de cumprir sentenças judiciais.
Um retrato da situação dos grupos indígenas que restam no país.
Boa parte dos grupos indígenas não têm suas terras demarcadas, ou estão cercados pela soja, pela pecuária e pelas madeireiras.
Está começando a tomar força um novo movimento social em defesa do Pantanal mato-grossense.
O Pantanal é uma das paisagens mais ricas do Brasil e que se vê hoje diante de muitas ameaças e problemas.
Um dos mais graves é o projeto de um pólo de mineração e siderurgia em Corumbá, o maior município do Pantanal, junto com um pólo gás-químico, para processar o gás vindo da Bolívia.
Os aromas e a biodiversidade
Precisamos de uma estratégia que coloque recursos e serviços naturais no lugar em que precisam estar
Desmatamento e transposição do Rio São Franscisco
O jornalista Washington Novaes fala de questões que pôem em risco a saúde do meio ambiente
Amazônia em pauta
Os prejuízos ambientais, econômicos e sociais gerados pelos desmatamentos na maior floresta tropical do mundo.
Um balanço sobre o Jalapão
Precisamos conservar a região que abriga rica diversidade de paisagens e espécies do Cerrado.
Volta-se ao início das discussões sobre alimentos transgênicos.
A polêmica retorna agora, porque um jornal inglês divulgou estudo mostrando que ratos alimentados com milho geneticamente modificado apresentaram diminuição no tamanho dos rins e modificações do sangue.
Começam a surgir notícias sobre avanços na área de conservação dos recursos hídricos.
Um exemplo de avanço é o decreto assinado pelo presidente da República, que obriga as empresas de saneamento a especificar, nas contas entregues por diante aos consumidores, as formas e os locais onde eles poderão obter informações sobre a qualidade da água e cuidados em situações de risco para a saúde.
É muito preocupante que o Ibama tenha concedido licença prévia para o projeto de transposição das águas do rio São Francisco para o Nordeste Setentrional,depois de tudo o que o seu próprio parecer técnico mostrou.
Segundo próprio parecer técnico do Ibama, 62 por cento das terras destinadas a irrigação com as águas transpostas ou já são inadequadas para a agricultura ou estão sujeitas a fortes processos erosivos, que poderão esterilizá-las.
É preciso prestar atenção a um problema do qual pouco se fala: a degradação ou destruição de mangues no Brasil , principalmente no Nordeste, com modelos inadequados de cultivo de camarões, principalmente para exportação.
Os mangues são o ecossistema mais importante para a geração de toda a vida no mar, como mostram vários estudos.Há poucas semanas, a Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados aprovou relatório de um grupo de estudo que avaliou durante dois anos os impactos da carcinicultura sobre os mangues.
Uma estratégia para a Amazônia - Washingon Novaes
Cientistas questionam a eficiência da Lei na preservação da Amazânia
Precisamos salvar o Cerrado
O bioma é uma das 34 regiões da Terra onde a biodiversidade está mais ameaçada de extinção
Pantanal Urgente
É preciso definir estratégias e políticas públicas para essa importante região
Saneamento Já
O Brasil precisa de uma política nacional eficiente na distribuição dos serviços de saneamento básico
Cientistas , pesquisadores , membros de ongs e representantes do governo discutem propostas para o plano de ação que implemente a Política Nacional de Biodiversidade. 
O Brasil tem a mais rica biodiversidade do mundo. É dela que virão novos alimentos, novos medicamentos, novos materiais. Além disso, ela é indispensável para o equilíbrio ambiental em qualquer parte. E não bastasse tudo isso, será em Curitiba, em março do ano que vem, a próxima reunião mundial da convenção sobre a biodiversidade.
A legislação de proteção a animais. 
Está se tornando a cada dia mais restritiva a legislação sobre proteção a animais, no Brasil e em outros lugares - inclusive limitando a utilização como cobaias em pesquisas científicas.
A invasão de espécies exóticas.
É muito urgente que o Brasil defina com clareza uma estratégia nacional e instrumentos para conter a invasão de espécies exóticas.
A insustentabilidade dos chamados recursos humanos, as pessoas que integram o mercado de trabalho.
É uma discussão nova e difícil , principalmente no momento em que as empresas buscam uma rentabilidade que lhes assegure a permanência num mercado altamente competitivo. Mas é preciso criar regras, para proteger as pessoas. Sem elas, não haverá quem consuma. E quem produza.
O Amapá pode transformar-se no modelo de desenvolvimento sustentável para a Amazônia.
O corredor de biodiversidade do Amapá pode ser a pedra
fundamento de um projeto dessa natureza.
Foi relançado ,em Brasília, o livro "Sinfonia Inacabada - a vida de José Lutzenberger", em que a jornalista Lílian Dreyer traça a biografia do falecido pensador e secretário Nacional de Meio Ambiente.
Mais do que uma homenagem justa, o livro é uma indispensável retomada de contato com o pensamento de Lutzenberger, uma pessoa muito à frente do seu tempo, que há mais de 30 anos nos advertia para a necessidade de enfrentar as grandes questões que hoje nos atormentam.
Cresce o número de feiras, as exportações aumentam a cada ano - tanto de flores da biodiversidade brasileira, como de espécies trazidas de outros lugares.
Mas há muitas ameaças para a diversidade de nossas plantas nativas nos seus habitats naturais - por causa do desmatamento, da degradação dos solos, de muitas coisas.
É preciso cuidar.
O resultado da recente reunião dos países que participam da convenção sobre mudanças climáticas e do Protocolo de Kyoto foi ao mesmo importante e inquietante. 
Importante porque os países que homologaram o Protocolo de Kyoto conseguiram marcar para maio de 2006 novas negociações sobre o que fazer depois de 2012, quando termina a primeira fase desse Protocolo, na qual os países industrializados se comprometeram a reduzir em 5,2% suas emissões de gases poluentes que intensificam o efeito estufa. 
2005 não foi um ano fácil para a chamada área ambiental no Brasil. - e-mail:wlrnovaes@uol.com.br
Começou com uma grave seca fora de época no Sul do país e no Centro-Oeste, que gerou perdas de muitos bilhões de reais para a agricultura e dificuldades no abastecimento de água de grandes cidades.
Ao longo do ano de 2005, o Repórter Eco mostrou no quadro semanal Biodiversidade Brasil a extraordinária riqueza da biodiversidade brasileira e seu enorme potencial .
Mas também os graves problemas que ela enfrenta e que exigem soluções muito rápidas, ante a ameaça de que se perca boa parte desse acervo fantástico.
Perspectivas para 2006.
Serão enormes os desafios que o Brasil terá de enfrentar na chamada área ambiental em 2006.
Quase 10 por cento da população brasileira não têm suas casas ligadas a redes de água. Metade dos domicílios não contam com redes de esgotos.
Só tratamos uns 10 por cento dos esgotos totais - e por isso grande parte do restante é despejado sem nenhum tratamento nos rios e no mar e é uma das causas principais da poluição da água.
O aniversário da cidade de São Paulo, simultaneamente com o agravamento das inundações na área urbana, chama a atenção para alguns pontos. 
Primeiro, que o município de São Paulo ainda conserva sua vegetação primitiva de Mata Atlântica em mais de 30 por cento de seu território, como mostrou o documentário "No rastro do cometa", exibido pela TV Cultura.
O enorme potencial da biodiversidade brasileira, mostrado ao longo do mês de janeiro no Repórter Eco, sugere que o Brasil precisa repensar suas estratégias - e nelas incluir, desde o início, esse valor da biodiversidade.
Um país como o Brasil, com território continental, sol o ano todo, 12% da água superficial do planeta, a possibilidade de uma matriz energética limpa - com a hidreletricidade, as energias eólica, solar e das biomassas - além da maior biodiversidade do planeta, precisa conceber uma estratégia de valorização desses recursos e serviços naturais.
Terminou de forma melancólica, recentemente , no Quênia, a sétima Conferência dos Países que assinaram a Convenção das Nações Unidas de combate à Desertificação. 
Os países ditos em desenvolvimento acusaram os países ricos - especialmente da Europa e Estados Unidos - de não darem importância efetiva à conferência, de reduzirem em 30 por cento o orçamento da Convenção e de não repassarem nem recursos nem tecnologias para os países que enfrentam dramas com a Desertificação.
O Brasil continua a receber fortes críticas no âmbito internacional por não definir sua postura em relação aos problemas gerados pelo uso do amianto, apontado como causa de boa parte dos casos de câncer dos pulmões e mesotelioma.
Ainda há pouco, com a divulgação de um relatório do Senado francês sobre os problemas criados pelo amianto, esta substância foi apontada como responsável por uma catástrofe sanitária naquele país, onde está proibida por lei desde 1997.Mas em trinta anos provocou 35 mil mortes. E ainda responde por 3 mil mortes a cada ano.
O cultivo de camarões em cativeiro vai-se tornando uma atividade econômica importante no país - mas ao mesmo tempo desperta preocupações com relação a seus impactos.
O Brasil já exporta para os Estados Unidos e Europa algumas centenas de milhões de dólares por ano de camarões criados em cativeiro. Mas um relatório da Embrapa e da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará mostra que em 31 fazendas de camarões no rio Jaguaribe esse cultivo gera alta carga de poluição e eutrofização da água, muito acima dos limites da legislação federal e estadual.
As mulheres têm um papel decisivo para a conservação da biodiversidade no mundo, como mostraram as reportagens do Repórter Eco durante o mês de fevereiro. Sob muitos ângulos, essa importância pode ser maior que a dos homens. 
No mundo todo, mais de 10 milhões de hectares - isto é, mais de 100 mil quilômetros quadrados - de florestas tropicais são perdidos a cada ano. E uma parte significativa se deve ainda ao uso de lenha nas residências, principalmente nos países mais pobres. Mas no Brasil também, onde quase 20 por cento da população ainda vivem na zona rural.
Se as mulheres estiverem empenhadas em reduzir esse consumo, substitui-lo por outras formas de energia, o uso de lenha poderá cair muito
O balanço final da Cop 8 - A Conferência da ONU sobre a Convenção da Diversidade Biológica.
A avaliação dos resultados da reunião dos países que participam da Convenção da Biodiversidade - que terminou no dia 31 de março, em Curitiba, PR - mostra uma clara divergência de opinião entre membros da delegação brasileira e a maioria dos representantes de organizações não-governamentais. 
Alimentos da Biodiversidade Brasileira.
As matérias exibidas pelo Repórter Eco neste mês, sobre a importância e a riqueza da biodiversidade na alimentação humana, chamam a atenção para a urgência de o Brasil definir uma estratégia nacional que confira a essa área a importância vital que ela tem.
Conservar a biodiversidade das ilhas oceânicas brasileiras é fundamental para toda a biodiversidade marinha na nossa costa, que com ela se relaciona.
O pescado fornece 40 por cento de todas as proteínas consumidas nos países do Sul por mais de um bilhão de pessoas.
Mas, em águas brasileiras, mostram estudos da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo e de outras instituições, grande parte das espécies mais pescadas, da Bahia ao Sul do país, estão sobrexploradas ou já ameaçadas de extinção.
A importância das aves.
Se os nossos biomas continuarem a ser dizimados- como vem acontecendo - os pássaros também estarão ameaçados.
As relações entre a biodiversidade e a manutenção da regularidade do clima e da qualidade de vida das pessoas.
Os problemas que hoje ameaçam a sobrevivência da espécie humana são mudanças climáticas e insustentabilidade dos padrões globais de produção e consumo, além da capacidade de reposição do nosso planeta.
Cavernas Brasileiras
É preciso cuidado com as cavernas. Para preservar a biodiversidade. Para conservar os registros da evolução humana ao longo dos séculos.
A conservação da biodiversidade nas montanhas é decisiva principalmente na Ásia, na América Latina - e no Brasil.
A alteração das condições naturais nas montanhas, junto com as mudanças climáticas em curso, já estão afetando principalmente o fluxo de água que escorre das geleiras.
A importância da Educação Ambiental.
A educação ambiental é decisiva. Ela mostra que há outros modos de viver. E que eles ajudam a preservar a biodiversidade, a água, todos os recursos naturais e seres vivos.
A biodiversidade brasileira
O quadro sobre biodiversidade apresentado ao longo de 2006 ,no Repórter Eco ,evidenciou muitas coisas, a partir da riqueza da biodiversidade brasileira, que reúne , nos nossos vários biomas, cerca de um terço das espécies conhecidas no mundo - mas já sofrendo muitas ameaças.
O Ecoturismo bem dirigido pode contribuir para a conservação de ecossistemas e espécies importantes da biodiversidade - mangues, áreas de transição entre biomas, dunas, recifes de corais, espécies importantes para a pesca e muito mais.
Tudo isso pode ser decisivo nesta hora em que a biodiversidade assume um papel cada vez mais importante na produção de novos medicamentos, novos alimentos, novos materiais - a ponto de avaliar-se em 200 bilhões de dólares anuais os produtos já comercializados só pela indústria químico-farmacêutica, derivados da diversidade biológica.
Clima e Biodiversidade
Que acontecerá na agricultura brasileira por causa de mudanças climáticas ? O aumento previsto na temperatura vai afetar a soja, o milho, o feijão e outros produtos, como está afetando o café, obrigado a migrar para regiões mais altas como as montanhas de Minas Gerais, em busca de temperaturas mais baixas ?
As novas fontes de energia 
A diversidade de espécies vegetais está tendo e terá cada vez mais um papel decisivo nos novos formatos de energia, como mostrou o quadro sobre a biodiversidade ao longo do mês de maio ,no "Repórter Eco". Dela já estão vindo energias extraídas da mamona, do dendê, da cana de açúcar e do seu bagaço, da soja, do pinhão manso, das madeiras. E outra virão.
Cerrado: um patrimônio que deve ser conservado.
O Cerrado é na verdade o berço das águas, a mãe das águas, como diz o povo. O que acontecer no Cerrado acontecerá nas águas brasileiras.

O Cerrado é também "uma floresta de cabeça pra baixo", como dizia o escritor goiano, Carmo Bernardes, porque a maior parte de sua biomassa está debaixo da terra, não acima.
Os brasileiros que defendem a biodiversidade
O lugar que ocupamos na natureza nos obriga, eticamente, a pensar nas outras criaturas e proteger a biosfera. É o que essas pessoas aqui retratadas fazem. E por isso merecem a gratidão e a admiração de todos os seus contemporâneos. Elas têm um papel fundamental na preservação da vida.
As Unidades de Conservação da Biodiversidade Brasileira
Alguns dos caminhos para a conservação de áreas ricas em biodiversidade são os parques nacionais e as estações biológicas e ecológicas. Mas, como mostraram ao longo do mês de agosto várias reportagens neste programa, essas unidades de conservação - além de serem insuficientes - enfrentam graves problemas: em muitas delas as desapropriações não foram pagas em grande parte e permanecem os conflitos com antigos moradores; em quase todas a fiscalização é insuficiente.
Comunidades Tradicionais e Conservação da Biodiversidade
Os conhecimentos tradicionais são decisivos para a conservação e o uso racional da biodiversidade, em toda parte, inclusive no Brasil. E esse é um dos desafios centrais do nosso tempo. 70 por cento dos novos produtos farmacêuticos desenvolvidos no país nos últimos anos foram obtidos a partir de conhecimentos tradicionais.
Negócios e Biodiversidade
Quanto tempo ainda o Brasil levará para tomar consciência de que sua grande vantagem no mundo de hoje é a relativa abundância de recursos e serviços naturais, na hora em que vários relatórios dizem que esse é o fator escasso no mundo, já que se está consumindo cerca de 25% mais que a capacidade de reposição do nosso planeta ?
São Paulo - 454 anos: a cidade ainda tem quase um terço da sua biodiversidade originária preservada.
A Capital paulista é ,entre as capitais e as grandes cidades brasileiras, uma das que mais conservam a sua biodiversidade, a sua vegetação,principalmente na Serra do Mar, na Serra da Cantareira e alguns outros lugares e isso tem uma influência muito grande na qualidade de vida das pessoas.
A nova polêmica sobre o desmatamento da Amazônia
Considerar a exploração racional da biodiversidade é a melhor possibilidade da Amazônia. Gerar trabalho e renda para a população com essa atividade. Proibir o desmatamento. E implantar um sistema de fiscalização que de fato funcione, não seja uma ficção como é hoje.
As mudanças Climáticas
Os problemas com mudanças climáticas permanecem graves no mundo todo, inclusive no Brasil.Levamos 15 anos, depois de aderir à convenção do clima, para criar uma secretaria nessa área do Ministério do Meio Ambiente. E uma comissão interministerial ainda levará alguns meses para apresentar o plano de uma nova política do clima.
A polêmica em torno da transposição de águas do Rio São Francisco para outras partes do Nordeste
Vários cientistas asseguram que o Semi-Árido tem água suficiente para suas necessidades, guardada principalmente em 70 mil grandes, médios e pequenos açudes. O problema não é de escassez, e sim de má gestão. Para as comunidades isoladas, onde não chegarão as adutoras da transposição e onde vive a maior parte das vítimas das secas, a solução está nas cisternas de placa, que captam e retêm a água das chuvas, para ser utilizada durante a estiagem.
Pandemia
Segundo estudo publicado nas últimas semanas, os lugares mais suscetíveis de serem atingidos por novas doenças, provocadas por agentes desconhecidos, são aqueles onde começa a haver pressões sobre ecossistemas quase intocados, como as florestas tropicais.
Pandemia
Segundo estudo publicado nas últimas semanas, os lugares mais suscetíveis de serem atingidos por novas doenças, provocadas por agentes desconhecidos, são aqueles onde começa a haver pressões sobre ecossistemas quase intocados, como as florestas tropicais.
O que a cidade de São Paulo vai fazer com seu complexo problema do trânsito ? 
A cada semana, são quebrados os recordes de congestionamentos. E a frota de veículos já chegou a 6 milhões, com 800 licenciados a cada dia. Os espaços para veículos na cidade, contando ruas, praças e estacionamentos, já chega a 50% do espaço total. A cidade já tem um veículo para 2,4 habitantes. E 75% deles são automóveis.
A polêmica em torno de florestas plantadas para fornecer madeira e ocupar o lugar das florestas nativas 
Uma das razões principais da oposição aos projetos é o consumo de água. Argumenta-se que como as espécies plantadas - eucaliptos, pinus ou outras - não chegam à maturidade, são abatidas com poucos anos de vida, nunca se retoma o equilíbrio no consumo de água; as plantas, por estarem sempre em período de crescimento, consumiriam durante todo o tempo mais água do que é reposta nos lençóis subterrâneos. Muitos cientistas negam procedência a essas afirmações.
A reciclagem de embalagens de Pet
No Brasil, a reciclagem do pet tem sido dificultada por vários fatores: só existe coleta seletiva do lixo em cerca de 200 municípios, e ela é indispensável para separar as garrafas; os catadores de resíduos resistem a elas, porque acham que ocupam muito espaço e têm menos valor que as latas de alumínio, o papel, o papelão, o vidro; precisam retirar a tampa das garrafas, que é de outro material; gastam muita água para serem lavadas.
A polêmica sobre os alimentos geneticamente modificados - os transgênicos - volta a ganhar força, no Brasil e fora.
Há poucos dias, o Conselho de Estado da França declarou uma moratória que não permitirá plantar no país uma variedade de milho geneticamente modificada, liberada há pouco tempo no Brasil pelo Conselho Nacional de Biossegurança, apesar da oposição do Ibama e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que pediam estudos prévios de impacto ambiental e de riscos para a saúde humana.
A polêmica e torno do uso de amianto no Brasil
Voltou às manchetes dos jornais a polêmica em torno da proibição - ou não - do uso de amianto no Brasil, por causa da decisão das associações nacionais de magistrados e procuradores do trabalho, de pedir na Justiça a decretação de inconstitucionalidade da lei que permite o uso dessa substância.
Que se vai fazer na Grande São Paulo, onde a situação parece a cada dia mais insustentável, principalmente com os congestionamentos de trânsito ?
Por oposição, o problema faz lembrar o final da década de 60, quando um grupo de cientistas ingleses lançou um estudo hoje considerado clássico, chamado Manifesto para a sobrevivência.
Usina Nuclear Angra 3
Parece inacreditável mas não é: o governo brasileiro voltou a anunciar que ainda este ano começará a implantar a usina nuclear Angra 3, que pode custar mais de 12 bilhões de reais. E ainda pretende implantar várias outras usinas do mesmo tipo no Nordeste brasileiro.
Cerrado
É muito preocupante que um dos primeiros atos do novo ministro do Meio Ambiente tenha sido o de excluir os proprietários rurais de 100 municípios do Cerrado onde está sendo mais forte o desmatamento da proibição de receber créditos oficiais, que fora estabelecida por portaria do Banco Central.
Zoneamento Ecológico
Há meses, vem sendo anunciado e adiado pelo governo federal um zoneamento ecológico/econômico capaz de disciplinar a expansão do plantio de cana de açúcar para produzir álcool. E isso tem efeitos muito negativos.
A crise mundial dos alimentos 
Será que o álcool produzido a partir da cana de açúcar no Brasil tem mesmo culpa no aumento do preço dos alimentos em todo o mundo, como tem sido dito por tantas pessoas em tantos lugares?
Conferência Nacional do Meio Ambiente
O Ministério do Meio Ambiente informou que nada menos de 3 mil pessoas participaram da III Conferência Nacional do Meio Ambiente. E isso foi apontado como importante avanço na participação da sociedade na discussão das grandes questões da área.
As Mudanças Climáticas 
Será que o Brasil vai aceitar metas obrigatórias para reduzir emissões de gases que intensificam o efeito estufa e favorecem as temidas mudanças climáticas ?
A obstinação no projeto de fazer a transposição de águas do rio São Francisco para o Semi-Árido nordestino
Já foram apresentados muitos argumentos de cientistas criticando a transposição - todos sem resposta adequada dos realizadores do projeto. Já se mostrou que nem as restrições do Ibama - que é órgão do governo federal - a muitos ângulos, foi tomada em consideração. Uma nova avaliação da Embrapa mostra que a melhor solução para essas pessoas - que vivem onde a transposição não chegará - está nas cisternas de placa, que armazenam água das chuvas e abastecem as casas durante o período seco.
Reconhecer os direitos dos demais Seres Vivos
Muitos cientistas e pensadores acham que os chamados problemas ambientais só terão soluções quando o ser humano admitir que os outros seres vivos têm direitos próprios à vida, independentemente de serem ou não úteis para a nossa espécie. Pois o Equador está discutindo se inclui ou não esses direitos na sua nova Constituição. 
Em certos momentos, o Brasil dá a impressão de que chegou com um século de atraso a certas questões. Uma delas é a projetada implantação de hidrovias.
Volta-se a falar na hidrovia do Araguaia, como se muitos estudos não mostrassem que ali seria caríssimo, porque há alta movimentação de sedimentos e o canal navegável muda de lugar, de ano para ano. Seria preciso todo ano dragar milhões de metros cúbicos de sedimentos, a custo altísssimo - e sem saber onde colocar o que seja retirado. Além disso, essas modificações no leito do rio provocariam inundações em áreas vitais para a reprodução de peixes e pássaros; e secariam outras.
Aquecimento Global
Enquanto a convenção do clima discutia na África - ainda sem avanços importantes - como chegar a um acordo mundial para reduzir emissões de gases que intensificam o efeito estufa, chegava à Câmara Municipal de São Paulo um projeto de política nessa área. Se ele chegar à prática, a capital paulista reduzirá em 30 por cento, até 2012, suas emissões, principalmente nas áreas dos transportes e do lixo.
Será importante, porque o panorama continua muito preocupante, inclusive no Brasil.
A pesca predatória
Praticamente todas as espécies mais pescadas no litoral brasileiro já estão sendo abatidas além dos limites ou ameaçadas de extinção.
A exploração do petróleo na camada pré-sal
A comunicação no Brasil tem dedicado espaços enormes à discussão sobre quem tem direito aos lucros com a exploração do petróleo recém-descoberto na camada pré-sal - mas sem se preocupar com os cenários futuros dessa fonte de energia, cada vez mais problemática por causa das emissões de gases que intensificam o efeito estufa e agravam as mudanças climáticas.
A recuperação das bacias hidrográficas brasileiras
A Caixa Econômica Federal assinou convênio com a Agência Nacional de Água, pelo qual o dinheiro pago pelos usuários da água nas bacias dos rios Paraíba do Sul e Piracicaba, Capivari e Jundiaí servirá como garantia no financiamento de ações de recuperação nessas mesmas bacias.
Se chegar à prática, o convênio será um grande avanço.
Aquecimento Global
Mais uma decepção: o Plano Nacional sobre Mudanças Climáticas não foi anunciado em setembro, como o governo federal prometera; a proposta do Fórum Brasileiro dessa área foi divulgada, mas durante mais 30 dias receberá novas sugestões. 
Desmatamento na Amazônia 
Está aberta mais uma controvérsia no governo federal: o ministro de Assuntos Estratégicos quer criar uma nova autarquia para cuidar da regularização fundiária na Amazônia; mas o Ministério do Desenvolvimento Agrária e o Incra, a quem cabe essa missão, não concordam.O tema é relevante. Os últimos relatórios dizem que a reforma agrária ainda responde por 18 por cento do desmatamento naquela bioma.
O biocombustível brasileiro
Felizmente estão se esgotando as críticas que apontavam o etanol brasileiro, derivado da cana de açúcar, como responsável pela alta de preços dos alimentos. Essa culpa não é dele. E o nosso etanol da cana, muito menos poluente que os derivados do petróleo, poderá ter um papel ainda mais importante, pois já responde por mais de 17 bilhões de litros anuais e deverá chegar a 35 bilhões de litros em 2012.
O desaparecimento progressivo de polinizadores de alimentos
Há sinais de alerta no horizonte aos quais o Brasil deveria prestar atenção. Várias instituições, inclusive a ONU, estão criando fundos para pesquisar formatos de proteção e recuperação de polinizadores como abelhas, morcegos e pássaros que respondem pela fertilidade de vários tipos de culturas de alimentos - e que estão ameaçados de extinção.
As questões ambientais no governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama
É ainda difícil prever que posição tomarão os Estados Unidos no governo do presidente Barack Obama nas questões relacionadas com mudanças climáticas. Em sua campanha, Obama defendeu o etanol extraído do milho, que é muito criticado, inclusive porque favorece o aumento de preços dos alimentos em geral. Também defendeu a adoção de veículos menos poluentes. Mas não chegou a dizer com clareza se aceitará ou não compromissos com metas de redução.
A ausência do escuro inibe a produção do hormônio melatonina,que pode ajudar a evitar tumores
Já se sabia que esse excesso de luminosidade vinha prejudicando várias espécies de pássaros e tartarugas na busca de alimentos e nos processos reprodutivos. Pássaros que vivem próximos às zonas urbanas são muito afetados.
Agora, cientistas da Universidade Harvard mostram que enfermeiras que trabalham três vezes por semana no período noturno, ao fim de 15 anos têm uma incidência de câncer colo-retal mais de 70 por cento acima da taxa de enfermeiras que trabalham só durante o dia.
Como era previsível, terminou praticamente sem resultados, na Polônia, a reunião de 192 países na Convenção do Clima. Nada importante foi decidido.
O secretário-geral da ONU fez apelos, disse que a crise financeira não poderia ser pretexto para o impasse. Mas quase nada se avançou: apenas na criação de um fundo financeiro de80 milhões de dólares anuais para ajudar os países mais pobres a se adaptarem a mudanças do clima - quando se pediam 20 bilhões de dólares por ano.
Desafios de 2009
2009 será um ano de graves desafios para o Brasil - a começar pela necessidade de, em meio à crise financeira, mobilizar recursos e apoio social para enfrentar problemas urgentes que já enfrentamos.
Águas Subterrâneas
Começa-se a discutir em várias partes do mundo uma questão muito importante para o Brasil: que legislação internacional criar para disciplinar o uso de águas subterrâneas compartilhadas por muitos países.
Preservar sons da natureza, sem interferência dos ruídos gerados pela atividade humana 
No mundo cada vez mais complexo, sucedem-se iniciativas que tentam preservar coisas simples e naturais, porém muito importantes para as pessoas.
Medição do consumo de água em São Paulo
É uma iniciativa da maior importância o programa da SABESP de implantar em condomínios residenciais e comerciais de 364 municípios paulistas um sistema de medição individualizada do consumo de água. Com esse sistema, a conta continuará por conjunto. Mas haverá também, se o condomínio quiser, uma leitura individualizada. E nesse caso cada unidade - apartamento, loja, escritório ou casa - receberá do condomínio uma conta separada do seu consumo.
O mundo espera com ansiedade para ver o que acontecerá no novo governo dos Estados Unidos,país responsável por quase um quarto das emissões de gases que intensificam o efeito estufa.
O presidente Barack Obama, em sua campanha, assumiu muitos compromissos com programas de energias renováveis, para substituir as poluentes. E encarregou dessa área um cientista muito conceituado. Mas os problemas a enfrentar são muito difíceis.
É muito preocupante a notícia de que no orçamento aprovado pelo Congresso Nacional foram cortados 18 por cento dos recursos do Ministério de Ciência e Tecnologia, cerca de um bilhão e cem milhões de reais. 
O Brasil já investe muito pouco em ciência e tecnologia, comparado com outros países, mesmo da América Latina. E a maior parte dos recursos vem do setor público. Com o corte, será prejudicada a formação de cientistas e pesquisadores dos quais o país precisa com urgência em muitos setores. Uma das áreas mais prejudicadas será a de pesquisas sobre a biodiversidade brasileira.
Revisão do Código Florestal
O governo federal precisa resolver com urgência o problema de revisão do Código Florestal, que tem provocado discussões públicas entre os ministros do Meio Ambiente e da Agricultura. Com apoio dos produtores de soja e carne na Amazônia, além das madeireiras, o Ministério da Agricultura quer reduzir de 80 para 50 por cento a obrigatoriedade de manter reserva legal em áreas de florestas primárias.
O uso do amianto-produto nocivo e perigoso para a saúde - Washington Novaes
Com muito atraso, o Ministério do Meio Ambiente proibiu há pouco o uso de amianto em qualquer de suas construções e nos Institutos e repartições a ele subordinados ou vinculados, como a Agência Nacional de Água e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Desde a década de 80 o Conselho Nacional do Meio Ambiente exige uma advertência aos usuários de produtos que contêm amianto, quanto a seus riscos para a saúde-como câncer no pulmão,tanto para trabalhadores como para consumidores.
Adiado o zoneamento ecológico-econômico do Cerrado
Se estivesse vivo, o escritor de Goiás Carmo Bernardes certamente estaria indignado com a notícia de que o Ministério do Meio Ambiente mais uma vez adiou, para o ano que vem, o zoneamento ecológico-econômico desse bioma, que dirá onde se pode e onde não se pode plantar soja, cana de açúcar e outras culturas, além de pastos.
Adiado o zoneamento ecológico-econômico do Cerrado
Se estivesse vivo, o escritor de Goiás Carmo Bernardes certamente estaria indignado com a notícia de que o Ministério do Meio Ambiente mais uma vez adiou, para o ano que vem, o zoneamento ecológico-econômico desse bioma, que dirá onde se pode e onde não se pode plantar soja, cana de açúcar e outras culturas, além de pastos.
Adiado o zoneamento ecológico-econômico do Cerrado
Se estivesse vivo, o escritor de Goiás Carmo Bernardes certamente estaria indignado com a notícia de que o Ministério do Meio Ambiente mais uma vez adiou, para o ano que vem, o zoneamento ecológico-econômico desse bioma, que dirá onde se pode e onde não se pode plantar soja, cana de açúcar e outras culturas, além de pastos.
O uso da mandioca como biocombustível
Vai começar na Universidade Estadual Paulista, em Botucatu, um projeto experimental de usina para produzir biocombustível a partir da mandioca.
É um projeto que merece ser acompanhado com atenção. Porque a mandioca pode ter algumas vantagens comparativas como fonte de produção de energia. A primeira delas está em que, como afirmam muitos especialistas, é uma das plantas mais adequadas aos solos brasileiros, tanto para utilização como alimento como para outras finalidades.
Crise mundial: falta água potável e saneamento básico
Terminou, em Istambul, na Turquia, o Quinto Fórum Mundial da Água. E o tema central, mais uma vez, foi o da crise mundial de abastecimento e saneamento.
Um dos Objetivos do Milênio, aprovados pela ONU, é o de até 2015 reduzir à metade a parte da população mundial que não tem acesso a água de boa qualidade - mais de um bilhão de pessoas. Mas esse número vem aumentando.
A reunião da Convenção do Clima na Alemanha, no início deste mês de abril, terminou sem grandes avanços concretos. 
E isso é inquietante, porque se esgota no fim do ano o prazo para definir um acordo que permita substituir o Protocolo de Kyoto e conduza a forte redução das emissões de gases poluentes que contribuem para as temidas mudanças climáticas.
A demarcação das terras indígenas
A demarcação da reserva indígena Raposa-Serra do Sol em área contínua continua provocando manifestações contrárias, mesmo sabendo que esse direito dos índios é reconhecido desde as ordenações do governo português, há quatro séculos, e foi mantido em todas as constituições brasileiras, desde 1891.
Os alimentos transgênicos 
Voltou a ficar complicado o panorama dos alimentos transgênicos no Brasil. Primeiro, porque a Alemanha proibiu o plantio, lá, de uma variedade de milho transgênico, com o argumento de que ele prejudica polinizadores e outras espécies. Por isso, seria preciso respeitar o princípio da precaução.
As chuvas no Brasil
Afinal, os institutos meteorológicos no Brasil estão admitindo que houve uma mudança no formato das chuvas no país: quase não se tem mais as chuvas miúdas que levavam dias seguidos, na estação das águas; agora são grandes volumes de água que caem num curto espaço de tempo. E provocam muitos desastres.
Os desmatamentos e as mudanças climáticas
A perda de florestas no mundo continua sendo de 12 mil quilômetros quadrados por ano - uma área igual a oito municípios como São Paulo. E esse desmatamento é uma das causas importantes do aumento das emissões que influem nas mudanças do clima.
O último relatório divulgado é da Organização para a Alimentação e a Agricultura, da ONU, que manifesta muita preocupação.
Urinódromos
Muita gente tomou como piada ou brincadeira a proposta do escritor e humorista Ziraldo, de que o poder público instale urinódromos nas cidades brasileiras. Mas não é brincadeira nem piada.
Quem pensa que é brincadeira, esquece-se de que nas grandes cidades pelo menos 30 por cento das pessoas se deslocam a pé, e não em transportes coletivos ou automóveis.
Usina Nuclear
É muito preocupante que se estejam retomando as obras de construção da usina Nuclear Angra 3
Amianto
O uso do amianto no Brasil continua a sofrer sucessivas derrotas
Mudanças Climáticas
Nem mesmo notícias sobre a gravidade dos desastres climáticos no mundo conseguiram levar a um acordo global sobre redução de emissões de gases na reunião realizada em Bonn, na Alemanha.
Pesca no Brasil 
São muito inquietantes as notícias que chegam do setor da pesca e das aqüiculturas - as culturas de peixes e camarões - no Brasil.
Primeiro , porque Secretaria Especial do setor, transformada em Ministério, pretende conseguir um forte aumento na pesca no mar. Segundo, porque estão sendo facilitadas no Conselho Nacional do Meio Ambiente as exigências para licenciar projetos de aqüicultura.
Rio Araguaia
Finalmente, o ministro do Meio Ambiente anunciou que não serão implantadas as usinas hidrelétricas projetadas para o rio Araguaia, inclusive nas proximidades da ilha do Bananal, a maior ilha fluvial do mundo, que seria prejudicada.
As áreas que seriam inundadas constituem um patrimônio excepcional de beleza e recursos naturais.
O Pantanal e o Cerrado
São muito inquietantes as notícias mais recentes sobre os biomas do Pantanal do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e sobre o Cerrado. Estudo de cinco organizações conceituadas mostra uma perda progressiva da vegetação nas terras altas, onde está a cabeceira de muitos rios que tornam o Pantanal a maior área alagada do mundo, com uma biodiversidade que em grande parte só é encontrada ali. O avanço da cana de açúcar, da pecuária e da mineração é a causa.
Museu para a Amazônia
Por que não se utilizam os conhecimentos das culturas da Amazônia, inclusive indígenas, quando se fazem planos para conservar a floresta ? Afinal, foram essas culturas que permitiram manter a floresta em pé durante séculos.
Na última reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC -, em Manaus, esse foi um dos muitos temas em discussão, quando se tratou do Museu da Amazônia, criado recentemente pelo governo do Estado do Amazonas.
Projeto de hidrovia no Rio Araguaia
Depois de dar uma boa notícia em relação ao vale do Araguaia - a de que não serão construídas três grandes hidrelétricas projetadas para esse rio -, o ministro do Meio Ambiente anunciou outra decisão problemática para o toda a região : a de se implantar ali uma hidrovia para transporte de cargas, principalmente soja.
Agricultura e desmatamento 
Informações divulgadas pela Embrapa e por um estudo do WWF mostram que a expansão da agricultura e da pecuária no país pode ser feita sem necessidade de desmatar novas áreas na Amazônia e no Cerrado. Segundo a Embrapa, 170 milhões de hectares de pastagens no país já estão degradadas ou em processo de degradação. E segundo o WWF, 70 milhões de hectares podem ser destinados, sem prejuízo, à exploração agrícola.
Mudanças Perigosas 
É preciso ter muito cuidado. Corre-se o risco de retrocessos legais em várias áreas, como forma de superar deficiências do poder público ou abrir caminho para inovações técnicas questionáveis.
Por exemplo: estão sendo facilitadas as regras para aterros de lixo, com o propósito de reduzir o volume de resíduos que vai para lixões, cerca de 50% do total nacional. Pode-se ter algum avanço, mas também se pode legalizar soluções inadequadas.
Senadora Marina Silva e a sucessão presidencial
Que conseqüências terá a entrada da senadora Marina Silva, ex- ministra do Meio Ambiente, nas discussões sobre a sucessão presidencial ?
Em princípio, pode ser bom. Porque colocará em evidência a discussão sobre os chamados temas ambientais, numa área em que só se costuma discutir o crescimento econômico, obras e questões sociais. Será um avanço a ênfase da ex-ministra nas críticas à falta da dimensão ambiental no Plano de Aceleração do Crescimento. Mas não é só.
As leis contra o fumo
Continuam a gerar polêmicas leis de São Paulo e outros Estados que impuseram fortes restrições ao consumo público de tabaco. E o principal argumento é de que a legislação fere os direitos dos fumantes.
É um argumento difícil de sustentar. Os usuários de cigarros podem continuar fumando em suas casas e em outros recintos abertos ou fechados em que não prejudiquem outras pessoas.
Mudanças Climáticas
As novas inundações e mortes no Sul do país e na cidade de São Paulo colocaram mais uma vez em evidência uma questão: a necessidade de adaptar cada cidade às mudanças do clima que já estão acontecendo e aos chamados eventos extremos, principalmente chuvas pesadas em curto espaço de tempo.No Sul do país, voltaram a acontecer desabamentos e mortes nas encostas de morro desmatadas. Em São Paulo também.
Indicadores ambientais entram no cálculo do PIB Europeu
Uma boa notícia: a partir do ano que vem, a União Européia usará vários indicadores para avaliar o desenvolvimento de um país - e não mais apenas o crescimento do produto interno bruto. Serão utilizados também indicadores sobre o nível de emissão de poluentes, contribuição para mudanças climáticas, geração de lixo, conservação da biodiversidade.
É importante , porque a economia passa a ser avaliada também pelo capital natural em cada país e o passivo ambiental que esse país produz.
Lixo Eletrônico
Até quando os países mais ricos continuarão exportando seu lixo eletrônico para outros países, inclusive o Brasil - como aconteceu recentemente ? Até quando se praticará o chamado colonialismo da imundície ?
Estatísticas do Greenpeace dizem que a cada ano são produzidas 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico, principalmente nos países ricos, e que a maior parte desse lixo é exportada para países da África e Ásia, principalmente Nigéria, Índia e China.
Lixo de esgotos e pneus
Parece uma novela sem fim. Depois de anos, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o Brasil tem o direito de proibir a importação de pneus usados de países industrializados, para não aumentar o nosso lixo. Mas agora o Conselho Nacional do Meio Ambiente decidiu abrandar as regras de recolhimento de pneus usados pelos fabricantes nacionais e importadores de pneus novos.
Cerrado
Afinal, depois de décadas de olhos quase fechados, o governo brasileiro começa a prestar atenção ao Cerrado, o segundo maior bioma do país, com mais de dois milhões de quilômetros quadrados. Já não era sem tempo.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, essa mais rica savana do mundo está perdendo a cada ano mais de 21 mil quilômetros quadrados de sua vegetação, que já desapareceu em quase 50 por cento da área, quase um milhão de quilômetros quadrados.
Preparativos para a Reunião do Clima em Copenhague
As discussões sobre o clima na reunião preparatória de Barcelona e as programadas para o início de dezembro, em Copenhague, são decisivas para todos os países. Porque se não houver acordo para reduzir as emissões de gases que aquecem o planeta, os desastres climáticos se intensificarão muito. E eles já atingiram mais de 200 milhões de pessoas no ano passado e mataram dezenas de milhares.
A reunião do Clima em Copenhague
A julgar pelo que têm dito até aqui os países membros da Convenção do Clima, não se chegará a um novo tratado na reunião de Copenhague. E, nesse caso, cabe perguntar: sem um novo tratado para substituir o Protocolo de Kyoto, que acontecerá com o mercado mundial de carbono, que surgiu desse Protocolo ?
Grandes desafios para 2010
Chega-se ao fim do ano com a pergunta: que se fará para enfrentar o aumento da população no mundo, já que esta crescerá pelo menos dois bilhões e meio de pessoas e passará de nove bilhões até 2050, com mais de um bilhão já passando fome; como alimentar tanta gente sem aumentar o já insustentável consumo de recursos e serviços naturais, sem prejudicar o clima.
Perspectivas para o Ano Novo 
2010 começa repleto de desafios para o Brasil na chamada área ambiental, que, na verdade, perpassa todas as outras. E o primeiro desses desafios é continuar reduzindo a área de novos desmatamentos na Amazônia, que em 2009 foi a menor em 21 anos.
Repensar lógicas e atitudes
A cada dia, fica mais evidente que precisamos repensar muitas das lógicas que ditam nossas atitudes - se quisermos encontrar caminhos que permitam enfrentar os gravíssimos problemas ambientais e outros que nos cercam.
Crise de abastecimento de água 
Já são muitos os alertas: se não mudarmos rapidamente e de forma radical nossa postura diante dos gravíssimos problemas de abastecimento de água e coleta e tratamento de esgotos em prazo muito curto enfrentaremos situações muito difíceis para a população brasileira.
Segundo a Agência Nacional de Águas, dois terços das cidades brasileiras já operam no limite da capacidade de fornecer água à população.
Profissões do Futuro 
A cada dia, cresce nas universidades brasileiras a procura por cursos relacionados com a chamada área ambiental. E não é por acaso: o mercado de trabalho vai-se abrindo progressivamente a profissões relacionadas com conhecimentos nos chamados temas ambientais.
Ano Internacional da Biodiversidade
Começaram as comemorações, pela ONU, do Ano Internacional da Biodiversidade - embora haja muito pouco a comemorar, a não ser o avanço da consciência social em relação a esse tema.
Embora exista desde 1992 uma convenção mundial de proteção da biodiversidade, o desaparecimento de espécies continua em ritmo mil vezes maior do que aconteceria na natureza, sem interferência humana.
A polêmica em torno do projeto da Hidrelétrica de Belo Monte
É preocupante. Mais uma grande obra na Amazônia, como a hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, recebeu licença de instalação, passando por cima de exigências legais e de advertências das comunidades locais, de ONGs, da Igreja, de grupos indígenas, do Tribunal de Contas da União, do Ministério Público e de dezenas de cientistas.
Repórter Eco - 18 anos de vida 
Os 18 anos que o Repórter Eco está completando merecem algumas reflexões.Ele foi criado como um telejornal de 10 minutos, por causa do interesse em torno da Rio 92, que seria realizada em junho daquele ano, e da qual resultariam a Convenção sobre Mudanças Climáticas, a Convenção sobre a Diversidade Biológica e a Agenda 21 global. Mas o interesse dos espectadores foi tanto que logo o telejornal passou a ser um programa semanal de meia hora. E assim tem se mantido ao longo de 18 anos.
O avanço da desertificação da Terra 
Com as discussões sobre o fracasso da reunião da Convenção do Clima, em Copenhague, passaram quase desapercebidas as discussões havidas ali sobre o gravíssimo problema da desertificação no mundo. A desertificação continua avançando cerca de 60 mil quilômetros quadrados por ano - uma área equivalente a um quarto do Estado de São Paulo. Mais de dois bilhões de pessoas já vivem em áreas com terras secas predominantes, que são 40 por cento da superfície da Terra.
Mudanças Climáticas
É paradoxal. Mas ao mesmo tempo em que chegam notícias cada vez mais graves sobre desastres climáticos no Brasil e em vários continentes, mais aumentam as dificuldades para se chegar a um acordo na Convenção do Clima que permita reduzir as emissões de poluentes da atmosfera e evite aumento maior da temperatura do planeta.
Lixo Eletrônico
Se já não tivéssemos razões suficientes para preocupação com os problemas do lixo no país, um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente trouxe mais uma: o Brasil é o país emergente que produz mais lixo eletrônico por pessoa. E esse tipo de lixo, quase sempre muito tóxico, não tem estratégia para ser cuidado, não é prioritário e faltam lugares adequados para seu descartado.
Onu vai rever estudos do IPCC -Painel Intergovermantal de Mudanças Climáticas
Pois é. Estamos metidos numa polêmica sobre o clima, com os chamados cientistas céticos achando que a ONU lhes deu razão ao nomear um painel de academias nacionais de ciências que nos próximos meses dirá se o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, o órgão científico da convenção do clima, cometeu erros ou enganos em seus diagnósticos sobre mudanças climáticas. Porque o Painel admitiu que errou ao afirmar que as geleiras do Ártico se derreterão até 2035.
Financiamentos e Esgotos 
O Brasil continua com déficits muito graves na área do saneamento. Cerca de metade das pessoas não dispõem de redes de coleta de esgotos em suas residências.Menos de 30 por cento do que é coletado recebe algum tratamento - o resto é despejado em rios e córregos. E quase 20 milhões de pessoas também não recebem água tratada em suas casas.
Uma nova pesquisa alerta: o nível de água dos grandes rios no Planeta está abaixando.
É muito preocupante para o Brasil o resultado de um estudo do Centro Nacional para Pesquisa Atmosférica, dos Estados Unidos, feito durante mais de 50 anos, de 1948 a 2004, sobre alguns dos maiores rios do mundo.
Lixo
A Câmara dos Deputados, em Brasília, aprovou uma proposta de Política Nacional de Resíduos.
LHC - O Grande Colisor de Hádrons
Cientistas chegaram muito perto de simular o Big Bang, a grande explosão que deu origem a criação do universo.
Ano Internacional da Biodiversidade
Neste Ano Internacional da Biodiversidade - criado pela ONU - continua difícil um acordo entre países detentores dos recursos naturais e países industrializados, no âmbito da Convenção da Diversidade Biológica.
Agrotóxicos
A área dos agrotóxicos, que sempre foi polêmica, está de novo agitada.
Vazamento de óleo no Golfo do México
O desastre no golfo do México é mais uma catástrofe que vem de longe. E registra, por exemplo, o grande vazamento de petróleo no Alasca, em 1989. Outro derrame na costa da Galícia espanhola, que até hoje tem graves consequências na pesca na Europa. Ou o chamado desastre de Bhopal, quando o vazamento de 20 toneladas de pesticida numa indústria na Índia matou 20 mil pessoas e deixou 150 mil com graves doenças. No Brasil mesmo, já tivemos problemas graves nessas áreas.
A Caatinga
Com várias áreas do Nordeste brasileiro, principalmente no Ceará e Piauí, enfrentando o problema da seca e perda de safras, há poucas semanas comemorou-se mais um Dia da Caatinga.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, esse bioma já perdeu a vegetação nativa em quase metade de sua área de mais de oitocentos mil quilômetros quadrados - ou onze por cento do território brasileiro, onde vivem 23 milhões de pessoas, metade das quais nas zonas rurais.
Conservação da Água
Uma boa notícia: O BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico - começou a financiar projetos para manutenção e conservação de redes nas cidades brasileiras.
É uma decisão muito importante. Porque as cidades brasileiras, principalmente as grandes, estão perdendo de 40 a 45 por cento da água retida em barragens, transportada por adutoras e que sai das suas estações de tratamento, depois de pesados custos.Quase toda essa perda se deve a vazamentos e furos.
Carnes 
Voltaram a se incendiar as discussões sobre custos ambientais e sociais embutidos nas exportações de carnes brasileiras, e que não são remunerados pelos países industrializados que as importam.
O último balanço divulgado pelo IBGE mostra que o Brasil abateu no ano passado quase 30 milhões de bovinos, quase 31 milhões de suínos e mais de 4,7 bilhões de frangos - e a maior parte disso destinada à exportação.
Amazônia
É preciso prestar atenção a algumas informações que sugerem a retomada dos ciclos de desmatamento na Amazônia.
Embora as últimas comunicações do Ministério do Meio Ambiente digam que o desmatamento nos últimos meses é menor que o de igual período do ano passado, há divergência com outros dados colhidos por institutos como o Imazon, que usam métodos diferentes. Também o nível de cobertura por nuvens em certos períodos pode ocultar a avaliação de certas situações.
Petróleo 
Duas questões complicadas se colocaram para o Brasil após o vazamento de petróleo numa extração ,no Golfo do México, o mais grave acidente ambiental da história dos Estados Unidos. A primeira questão é a de saber o que faremos para impedir que acidentes como esse se repitam nas extrações de petróleo que já ocorrem em águas oceânicas brasileiras e principalmente nas futuras extrações na área do pré-sal. A segunda é definir a estratégia brasileira em relação ao petróleo.
O valor da biodiversidade
O Brasil vai apresentar no Japão em outubro, neste Ano Internacional da Biodiversidade, uma proposta de conservação das espécies vegetais e animais, que continuam a extinguir-se em ritmo muito preocupante. As metas assumidas para o mundo todo em 1992 não foram cumpridas. E as perdas, inclusive econômicas, são muito preocupantes.
Angra 3
É preocupante que as obras de implantação da usina nuclear Angra 3 se desenvolvam ignorando advertências e cuidados indispensáveis. O Ministério Público Federal, por exemplo, pediu à Comissão Nacional de Energia Nuclear e à Eletronuclear que suspendam as obras de Angra 3 enquanto não for concluída a análise de segurança e de possibilidade de acidentes graves no projeto.
Mudanças Climáticas 
A administração pública brasileira precisa correr muito para recuperar o tempo perdido na área das mudanças do clima e evitar novas catástrofes como as de Alagoas e Pernambuco.
Há várias décadas que a Convenção do Clima vem alertando para a necessidade de políticas de adaptação às mudanças climáticas. Que impeçam a ocupação de áreas sujeitas a desabamentos e deslizamentos.
Transgênicos
Voltou a pegar fogo a discussão no Brasil a respeito de alimentos geneticamente modificados - os transgênicos.
Várias instituições - inclusive a Embrapa Arroz e Feijão - e organizações de agricultores se manifestaram contra a liberação, para plantio, de sementes modificadas de arroz, que resistem a um herbicida produzido por uma única empresa.
Saneamento
É muito preocupante: o decreto presidencial que regulamentou a Lei do Saneamento Básico prorrogou de 2010 para 2014 o prazo dos municípios para criar planos de saneamento.
É preocupante porque cerca de metade dos brasileiros não dispõem em suas casas de redes de coleta de esgotos. E quase 20 milhões de pessoas não recebem água tratada.
Nova Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos 
Afinal, foi sancionada pelo presidente da República a lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que levou vinte anos sendo discutida no Congresso Nacional.
É um documento importante, porque estabelece princípios reguladores para essa área do lixo. Como os inventivos à reciclagem e às cooperativas de catadores; a adoção da logística reversa, que envolve na destinação de resíduos toda a cadeia do lixo - desde os fabricantes e comerciantes aos consumidores e governos.
Proposta de Mudança do Código Florestal Brasileiro
É fundamental que a sociedade pressione a Câmara dos Deputados e o Senado, para que não aprovem mudanças no Código Florestal propostas pelo deputado Aldo Rebelo, do PC do B, à Comissão Especial de Meio Ambiente da Câmara, e que ali têm forte apoio da chamada bancada ruralista.
Projeto de Porto no Encontro das Águas que formam o Rio Amazonas
É difícil até de acreditar. Mas está em andamento um processo para implantar um terminal portuário ao lado do Encontro das Águas, onde o rio Negro se encontra com o Solimões para formar o majestoso rio Amazonas.
Ali, ao lado de Manaus, as águas escuras do Negro caminham ao longo de quilômetros paralelas às águas barrentas do Solimões, sem se misturar. Um espetáculo que fascina e atrai pessoas do mundo todo. E que pode ser muito prejudicado pelo projeto do porto.
A década das Nações Unidas de combate ao processo de desertificação 
São importantes as conclusões da conferência internacional sobre desertificação realizada em Fortaleza. Elas apontam para caminhos adequados no enfrentamento desse grave problema universal.
Mais de 2 bilhões de pessoas no mundo vivem nas áreas secas, que podem desertificar-se, e que são quase metade da superfície da Terra - inclusive na América do Sul e no Brasil. A cada ano, mais 60 mil quilômetros quadrados entram em processo de desertificação.
Espaço 
A cada dia, tornam-se mais fortes as evidências de formatos de vida fora da Terra - a ponto de o famoso físico Stephen Hawkings dizer que é perfeitamente racional admitir que possam existir outros seres inteligentes no espaço. Mas ele diz que teme a possibilidade de contato com esses seres. A seu ver, ele seria algo tão danoso quanto foi para os nativos a chegada de Colombo à América.
Jovens e o Futuro 
Quando se pensa no futuro do país, é preciso pensar também nas gerações que vão ocupá-lo - que precisarão ser muito competentes. Mas é muito inquietante a situação dos jovens.
As últimas pesquisas dizem que embora o número de empregos formais no país tenha crescido quase 5 por cento no ano passado, para os jovens de 18 a 24 anos esse número só aumentou metade disso.
Água 
O Brasil já é um país privilegiado em matéria de recursos hídricos - tem quase 13 por cento de toda a água que corre pela superfície da Terra. E ainda se anuncia que duas universidades federais confirmam agora a existência de mais um aqüífero subterrâneo, maior que o Aqüífero Guarani - é o Aqüífero de Alter do Chão, que se estende pelo subsolo do Pará, Amazonas e Amapá.
Biodiversidade
Agora em outubro, vai-se tentar mais uma vez, no Japão, um acordo que permita reverter o atual quadro de perda dos recursos naturais, que é, junto com as mudanças do clima, um dos dois mais graves problemas globais. Segundo o ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, esses dois problemas ameaçam a sobrevivência da espécie humana.
Já estamos consumindo, no mundo, mais de 30 por cento além da capacidade de reposição do planeta.
Saneamento
É quase inacreditável: diz o IBGE que em quase 45 por cento dos municípios brasileiros - ou 2.945 - ainda não existem redes coletoras de esgotos. E que ainda há 33 municípios que não têm serviço de abastecimento de água à população.
No Piauí, Pará e Maranhão, mais de 90% dos municípios não têm rede coletora de esgotos. Com isso, no país, mais de 30 por cento dos esgotos gerados não são coletados. E os dois terços dos esgotos totais coletados são de menos de 30 por cento dos nossos municípios.
Ozônio
O buraco na camada de ozônio, uma grave ameaça para a humanidade, deixou de aumentar na última década - anunciaram a Organização Meteorológica Mundial e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. E essa notícia traz lições importantes.
Clima
Mais um relatório científico traz preocupações novas em relação às mudanças climáticas. Cientistas norte-americanos e canadenses, em estudo na revista "Science", afirmam que mesmo sem nenhuma fábrica poluente nova e nenhum automóvel novo, as emissões de gases nas próximas décadas elevarão a temperatura da Terra em mais de dois graus. E isso terá conseqüências muito graves.
Pantanal
Um novo alerta está sendo lançada por várias organizações não-governamentais: estão sendo planejadas mais de cem usinas hidrelétricas para a bacia do Alto Rio Paraguai. E suas barragens podem alterar muito o regime de cheias e vazantes, que é vital para o Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. E para os peixes.
Pesca 
Enquanto se agravam a cada dia as informações sobre os problemas dos oceanos e também das espécies mais pescadas no Brasil, o Ministério da Pesca continua a anunciar planos de expandir em até dez vezes o volume pescado em terra e em aquiculturas nas águas interiores.
Segundo a Organização para a Agricultura e a Pesca, que é um órgão da ONU, três quartos das espécies de peixes capturados no mundo estão próximas de esgotamento.
Reunião da Convenção da Biodiversidade em Nagoya, no Japão
Representantes de 193 países consideraram uma grande vitória as resoluções aprovadas na reunião da Convenção da Biodiversidade em Nagoya, no Japão. Entre outros pontos, foi aprovada a decisão de até 2020 aumentar para 17% o total de áreas terrestres do planeta protegidas por lei. E para 10% as áreas marinhas. Hoje, as áreas terrestres protegidas estão em 13%. E as marinhas em menos de um por cento.
Mato Grosso
Continuam difíceis os tempos para a proteção de florestas, recursos hídricos e áreas de preservação permanente no Brasil. Não bastassem as modificações no Código Florestal que a bancada ruralista tenta introduzir no Congresso Nacional, com apoio de outros setores, agora o Estado de Mato Grosso está liberando 156 mil quilômetros quadrados de seu território para a agricultura e a pecuária, equivalentes a mais de metade do Estado de São Paulo.
2010 : avanços e retrocessos na área ambiental
2010 termina com uma pergunta intrigante: por que os chamados temas ambientais, que foram tão fortes no primeiro turno da eleição presidencial, desapareceram no segundo turno ?
Será uma pena se continuarem a ser considerados secundários. Porque as questões no país continuam graves. A começar pela área do saneamento, onde metade da população continua sem redes de coleta de esgotos e milhões de pessoas ainda não recebem água tratada.
Perspectivas para 2011
Há muitas tarefas urgentes e muito relevantes à espera do Brasil em 2011. E a primeira delas será a decisão sobre o código florestal.
A chamada bancada ruralista no Congresso insiste em mudá-lo, para reduzir as áreas obrigatórias de reserva em florestas e outros biomas, anistiar desmatadores, diminuir áreas de preservação permanente etc. Tudo isso poderá ter conseqüências muito graves, como a própria ministra do Meio Ambiente tem advertido.
Amazônia
Felizmente, alguns progressos importantes estão acontecendo na Amazônia.
O primeiro deles é a própria queda do desmatamento, devido às exigências de certificação da carne e da madeira, além da fiscalização mais efetiva. Outro avanço importante foi a decisão do Patrimônio Histórico da União, de tombar a área do Encontro das Águas, em Manaus, um lugar belíssimo onde se pretendia implantar um porto.
Escola, emprego e violência 
São muito preocupantes as notícias de que nos últimos seis anos a taxa de desemprego entre os 20 por cento mais pobres da população brasileira aumentou de 20,6 para 26,7%. Enquanto isso, a desocupação na faixa de renda maior caiu de 4,04 para 1,7%.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e o IBGE, o aumento do desemprego entre as pessoas mais pobres se deve à baixa escolaridade, num momento em que a procura de empresas é por trabalhadores qualificados.
São Paulo - 457 anos 
Ao chegar aos 457 anos, a cidade de São Paulo tem algumas decisões graves e urgentes para tomar.E a primeira delas será ter uma macropolítica que responda: vai-se continuar permitindo a expansão da cidade, que já tem problemas tão graves ? Ou vai-se partir para uma descentralização radical da administração, para que os administradores estejam bem perto de cada problema em cada região ?
Clima e Cerrado
Algumas notícias na área do clima no Brasil despertam esperanças. Uma delas é que o cientista Carlos Nobre vai dirigir a Rede Clima, que junta mais de 60 instituições e quase 500 cientistas, para comandar políticas e programas de desenvolvimento científico para os oceanos, biodiversidade, hidrologia, meteorologia e mudanças climáticas. E um dos primeiros caminhos será ampliar para o Cerrado o mapeamento que já se faz na Amazônia.
Ano Internacional das Florestas
O Brasil tem muito com que se preocupar neste Ano Internacional das Florestas, como 2011 foi declarado pela ONU. Porque, segundo o instituto Imazon, que faz o monitoramento da Amazônia, o desmatamento ali, entre agosto do ano passado e julho próximo, deverá chegar a 7.500 quilômetros quadrados, mais que nos 12 meses anteriores, quando foi de 6.450 quilômetros quadrados.
População 
A população mundial está entrando na casa dos 7 bilhões de pessoas, mais de metade das quais vivendo em áreas urbanas. E embora a taxa de fertilidade já esteja abaixo de dois filhos por mulher em idade fértil - que é menor que a taxa de reposição da população, de dois filhos por casal -, o número de pessoas no mundo continuará a crescer. Segundo a ONU, em 2050 estará entre oito e meio e nove bilhões de habitantes.Porque é muito grande o número de mulheres em idade fértil.
A implantação da hidrelétrica de Belo Monte
É incompreensível a recusa do setor de energia do governo federal, de dialogar com a sociedade e cientistas a respeito da necessidade - ou não - de implantar novas grandes hidrelétricas no país, principalmente na Amazônia.
Muitos estudos científicos dizem que o país pode tranquilamente economizar até 30 por cento da energia que consome hoje, com programas de conservação e eficiência - tal como fez no "apagão" de 2001.
Turismo em Terras Indígenas 
Anuncia-se que está em estudo no governo federal um projeto que abriria terras indígenas a projetos de turismo, em troca de pagamento às comunidades das 650 terras reconhecidas. É um tema que precisa ser tratado com muito cuidado.
Chefes indígenas muito respeitados lembram que os jovens, em grande parte, depois que passaram a ter contatos com as comunidades brancas, já não querem viver como índios.
Usinas Nucleares
Já se dá como certo que o Brasil, além de implantar a usina de Angra 3, em construção, terá pelo menos mais quatro usinas nucleares na região do Rio São Francisco - selecionadas entre quarenta locais disponíveis. E pretenderia associar-se à Argentina para produzir urânio enriquecido.
Deveríamos ir devagar com o andor, como diziam os antigos. O formato nuclear é a forma mais perigosa de gerar energia, dizem os cientistas. Sujeita a acidentes desastrosos.
Ameaças de desmatamento
Não bastasse a notícia de que o desmatamento voltou a aumentar n Amazônia no segundo semestre do ano passado, novos problemas surgem no horizonte.
Os projetos de novo Código Florestal intensificarão o desmatamento nessa e em outras áreas ? A intenção do governo federal, de facilitar os licenciamentos ambientais de obras , inclusive na Amazônia, abrirá caminhos para outras perdas ? E a anunciada intenção de ampliar os plantios de soja e milho no Cerrado, além das pastagens, para aproveitar o mo
Clima e Doenças 
Não são apenas desmoronamentos e inundações os principais prejuizos com a intensificação de chuvas em conseqüência de mudanças climáticas. Vários estudos estão mostrando também o agravamento de doenças com o deslocamento de vetores de doenças que estavam confinadas em matas ou nas águas.
Fumo
A cada dia, aperta-se o cerco sobre o consumo de cigarros no mundo - porque a Organização Mundial de Saúde diz que morrem cinco milhões de pessoas por ano em consequência dos problemas decorrentes desse hábito.
Agora, é Nova York que aumenta suas restrições. Ali já era proibido fumar em bares e restaurantes, sob pena de multas pesadas. Há poucas semanas, a Câmara Municipal proibiu que se fume nos 1700 parques da cidade e em 22 quilômetros de praias.
Os 50 anos do Parque Indígena do Xingu
Começa a tomar corpo em áreas da ciência, das artes, do jornalismo e outras um movimento para que o Parque Nacional do Xingu seja reconhecido pela UNESCO como patrimônio histórico, cultural e ambiental da humanidade. O Parque está completando cinqüenta anos, criado que foi em 1961 por proposta dos irmãos Villas Boas, reconhecida pelo então presidente Jânio Quadros.Seria importante o reconhecimento. Arqueólogos já documentaram no Xingu vestígios de culturas ali estabelecidas há mais de mil anos.
Aquecimento Global
O impacto das alterações do clima sobre a produção mundial de alimentos
Energias Alternativas
Estudo alerta: alterações no clima da Amazonia podem reduzir em até 80% a vasão do Rio Xingu
NOVO CÓDIGO FLORESTAL
Congresso adia novamente a votação do Código Florestal
Pantanal ameaçado
Os projetos de construção de hidrelétricas continuam gerando muitas polêmicas
Relatório da ONU sobre a poluição
O barulho urbano pode agravar muitas doenças humanas.
Haverá o que comemorar em mais uma Semana do Meio Ambiente ?
Relatórios da ONU dizem que a situação continua muito grave na área dos maiores problemas do mundo: mudanças climáticas e consumo de recursos naturais além da capacidade de reposição do planeta. Já se sabe que não haverá acordo este ano em mais uma reunião da Convenção do Clima; muitos países já dizem que o caminho não é esse e sim o de legislações nacionais. As emissões de gases poluentes que intensificam o efeito estufa continuam aumentando.
Inspeção Veicular
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, encerrou-se no final de abril o prazo para que todos os Estados e o Distrito Federal implantem sistemas de inspeção ambiental de veículos, para coibir a emissão de gases e partículas poluentes, além de ruídos.
É importante, mas convém esperar pelos resultados concretos, porque a obrigatoriedade existe desde a década de 90, mas poucos lugares obedeceram, envolvidos na disputa entre Estados e municípios.
O uso do telefone celular 
Por mais difícil que seja o tema, é preciso encará-lo de frente: a Organização Mundial de Saúde está alertando que a radiação eletromagnética associada ao uso de telefone celular pode, possivelmente, provocar câncer, segundo as conclusões de 31 cientistas de 14 países que se reuniram na França para rever os estudos nessa área. E por isso, a questão precisa ser mais estudada. Hoje, 5 bilhões de pessoas no mundo usam celulares.
Código Florestal
Continua a provocar muita discussão o projeto de mudanças no Código Florestal brasileiro, aprovado na Câmara dos Deputados e que ainda terá de passar pelo Senado e pela sanção da presidência da República.
De fato, algumas das modificações aprovadas devem preocupar muito. Como a anistia para proprietários que não mantiveram reserva legal nas propriedades.
Código Florestal
Continua a provocar muita discussão o projeto de mudanças no Código Florestal brasileiro, aprovado na Câmara dos Deputados e que ainda terá de passar pelo Senado e pela sanção da presidência da República.
De fato, algumas das modificações aprovadas devem preocupar muito.
Energia Nuclear
Está gerando enorme polêmica a notícia de que a Comissão Nacional de Energia Nuclear pode depositar em Abadia de Goiás, a 27 quilômetros de Goiânia e 200 de Brasília, o que ela chama de rejeitos radiativos de média e baixa intensidade das usinas nucleares de Angra 1 e 2. Os goianos, principalmente, estão revoltados, porque o lugar cogitado é o depósito de mais de 6 mil toneladas de resíduos contaminados por algumas gramas de césio 137 num acidente em 1987.
Mudanças Climáticas
São muito preocupantes as últimas notícias na área do clima. Depois de dois anos sem aumento das emissões de gases poluentes no mundo, por causa da crise econômica, o último balanço revela que em 2010 essas emissões de dióxido de carbono cresceram 5 % e chegaram a 30,6 bilhões de toneladas. O setor da energia - que inclui indústria e transportes - responde por mais de 60 % do total. O desmatamento por quase 20 % .A agricultura por 14,6 %.E o lixo por 3,6 %.
Polêmica
A Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou projeto de lei no mínimo polêmico - que proíbe casas de diversão noturna de comercializar bebidas em garrafas de vidro, para impedir que sejam usadas como armas em conflitos.
É uma decisão questionável, por muitos motivos: primeiro, não assegura que os briguentos não utilizem outras armas; segundo, aumentará o consumo de garrafas de pet ou de latas - e metade do pet no Brasil não é reciclado.
Pesca
É curioso: enquanto vários relatórios internacionais mostram a situação cada vez mais difícil da pesca no mundo - com pelo menos um quarto dos estoques pesqueiros já esgotados e metade aproximando-se disso - , no Brasil o Ministério da Pesca insiste em que o país será um dos maiores produtores no mundo, multiplicando por dez a captura, segundo a ministra que deixou o cargo há poucas semanas.
Desastres ambientais
Merece muito apoio a decisão do governo federal, de criar o Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, que funcionará em Cachoeira Paulista. Inicialmente, ele fará previsões e alertas para 25 cidades, com 12 horas de antecedência para a possibilidade de inundações e de duas a seis horas para deslizamentos de encostas e topos de morros, com perigo para as populações.
Aqüífero Guarani
Uma advertência de especialistas da Universidade de São Paulo precisa ser levada a sério e exige providências urgentes: o uso de água do Aqüífero Guarani pode tornar-se inviável em 50 anos, pois o consumo é 13 vezes maior que a recarga. E pelo menos 100 cidades brasileiras são abastecidas por esse Aqüífero subterrâneo, que vai do Centro-Oeste ao Sul do país e se estende pelo Uruguai, Argentina e Paraguai.
Ar e Ferrovias
Voltam a preocupar muito os índices de poluição do ar por materiais particulados. Na cidade de São Paulo, o mês de julho foi o pior em três anos. E as emissões por veículos respondem por até 80 por cento dessa poluição, uma das causas principais de até duas mil mortes por ano na cidade em consequência de problemas pulmonares.
Apesar da gravidade da situação, pouco se avança em toda parte no controle da poluição por automóveis e principalmente motocicletas.
A África e o Clima
A ONU está alertando: milhões de pessoas poderão morrer na pior seca em 10 anos no chamado Chifre da África - Djibouti, Etiópia, Quênia, Somália, Uganda e no recém-emancipado Sudão do Sul. Já há mais de 500 mil pessoas em campos de refugiados, 10 milhões de pessoas passando fome. Além disso, no Sudão do Sul dois milhões de cristãos e animistas morreram em conflitos com os islamitas do Norte.
Tecnologias
Administradores públicos e legisladores precisam estar atentos. A crise ambiental e de recursos naturais que o mundo enfrenta certamente exigirá mudanças drásticas nas políticas e nos modos de viver em toda parte. Mas também já há tecnologias disponíveis, que podem reduzir imediatamente a extensão dos problemas, enquanto não se chega a mudanças mais radicais.
Água
O Brasil precisa fazer um esforço muito e forte e urgente na área do saneamento básico. É inadmissível que metade da população brasileira continue a não contar com redes de coleta de esgotos em suas casas.
Que cerca de 70 por cento dos esgotos que são coletados não recebam nenhum tratamento e assim sejam devolvidos aos rios, onde são a causa mais forte de poluição. E que, por isso , cerca de 60 por cento das crianças internadas em hospitais públicos tenham doenças transmitidas pela água.
Clima e El Niño
Estudo da Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos, está afirmando que o fenômeno climático El Niño dobra o risco de guerras civis em 90 paises tropicais, porque provoca perdas mais acentuadas em lavouras, maior disseminação de doenças infecciosas e outros problemas. El Niño espalha ar seco e quente pelo planeta a cada quatro anos. E grande parte dos conflitos civis entre 1950 e 2004 teve essa causa.
Água e Saneamento
Duas boas notícias: a Caixa Econômica Federal não financiará mais a compra de imóveis em bairros sem sistemas de água e esgotos. E o programa de cisternas de placa no Semiárido brasileiro está sendo premiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento. A notícia sobre os financiamentos é importante para estimular o avanço do saneamento no Brasil, onde quase metade das residências não está conectada a redes de esgotos. E precisa ser ligada, não mandar esgotos para fossas.
Biodiversidade
Quem já se espantava com o número de espécies vivas no planeta está agora mais surpreso: estudo do programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente aponta que há na Terra mais que o dobro das 3,1 milhões de espécies vivas arroladas até agora. São na verdade 8,7 milhões de espécies, diz o estudo; 6,5 milhões em terra e 2,2 milhões nos oceanos. Mas perto de 90% de todas elas ainda precisam ser descritas e catalogadas.
Lixo Tóxico
Durante o ano passado, foram recolhidas no Brasil oito milhões de pilhas e baterias, segundo o Ministério do Meio Ambiente. Mas foram recicladas apenas oito mil - isto é, mil vezes menos.
Por um lado, é um avanço o recolhimento, já que pilhas e baterias fazem parte do chamado lixo tóxico, muito perigoso para seres humanos e para o meio ambiente. Mas por outro é preocupante que só se recicle um número mil vezes menor que o recolhido.
Projetos de despoluição dos rios Tietê e Pinheiros
Não chegam a surpreender as notícias de que está sendo desativado o projeto de despoluição do rio Pinheiros, em São Paulo, pelo método de flotação - que não funcionou; e que em 20 anos conseguiu-se pouco em matéria de desassoreamento do rio Tietê, embora tenha melhorado a qualidade da água do rio, com a ampliação das redes coletoras de esgotos e construção de novas estações de tratamento. Ainda assim, muito esgoto continua chegando ao rio Tietê.
Incineração do lixo
O governo federal está devendo ao país um esclarecimento sobre a polêmica questão da incineração de lixo.
O projeto da Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovado no ano passado pela Câmara dos Deputados, previa que a incineração só deveria ser adotada como última hipótese, se não houvesse possibilidade de redução do lixo, reutilização ou reciclagem de materiais.
Barragens
Já há alguns anos, a Comissão Mundial de Barragens vem advertindo para os problemas que podem ser gerados por essas construções. E lembrando que há mais de uma década já existiam no mundo, só de barragens com mais de 15 metros de altura, cerca de 45 mil. Hoje são muitas mais. E a quantidade de água retida nesses reservatórios é três vezes maior que o fluxo de todos os rios do mundo.
Mas a cada dia surgem mais problemas.
Genoma
O mundo vem ficando cada vez mais complicado, com a possibilidade de quebras de sigilo, graças ao uso da internet, em áreas de governos, militares, espionagem de negócios - de tudo. Agora, vêm notícias de que a internet está sendo usada também para operações delicadas e preocupantes na área das biotecnologias.
Obesidade
Tanto a Organização Mundial de Saúde como o Ministério brasileiro da Saúde desencadearam campanhas para combater a obesidade no mundo e no país - que constitui um dos mais graves problemas de saúde hoje, que agrava as questões em várias áreas.
No Brasil, dizem as autoridades do setor que mais de metade de população está com peso acima dos limites aconselháveis. E 13 em cada 100 pessoas são obesas - aí incluídos adolescentes e crianças.
Licenciamento Ambiental
São um passo perigoso as portarias do Ministério do Meio Ambiente, que reduzem drasticamente, para 90 dias, os prazos do Ibama, da Fundação Nacional do Índio, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - o IPHAN e da Fundação Palmares para decidir em processo de licenciamento de usinas hidrelétricas, portos, rodovias, linhas de transmissão de energia e exploração de petróleo e gás. Além disso, esses órgãos só poderão pedir uma vez informações aos empreendedores. 
Vida fora da Terra 
Quem se interessa por notícias a respeito da possibilidade de vida fora do planeta Terra deve estar vivendo certa perplexidade.
Um porta-voz do governo norte-americano que foi da área espacial, respondendo a um requerimento de 17 mil cientistas que pediam a liberação de documentos secretos sobre extraterrestres, informou não haver evidência de vida fora do nosso planeta ou de contatos entre humanos e seres de outros lugares no espaço.
Balanço Ambiental de 2011
2011 termina com mais um motivo para inquietação, já que a reunião da Convenção do Clima na África do Sul não conseguiu aprovar nenhum compromisso obrigatório para os países reduzirem suas emissões de poluentes que agravam mudanças climáticas.
Perspectivas ambientais para 2012
Muitos desafios estão pela frente no Brasil no ano que se inicia. O primeiro está na definição de caminhos eficientes para que o país reduza suas emissões de poluentes que contribuem para mudanças climáticas. Já estamos entre os cinco maiores emissores no mundo, com mais de 10 toneladas anuais por habitante. E cientistas temem que facilidades abertas pelo novo Código Florestal possam intensificar essas emissões.
Biodiversidade
As discussões provocadas pela proposta de novo Código Florestal trouxeram à tona teses importantes. Uma delas, enfatizada pelo prof. Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e do Ministério da Ciência e Tecnologia, é de que o Brasil precisa caminhar em direção a uma economia baseada no conhecimento da natureza - porque é um país privilegiado em recursos naturais, que são hoje o fator escasso em todo o mundo.
Enchentes urbanas
É muito inquietadora a informação do plano de drenagem da cidade de São Paulo, de que a cidade só se livrará em 2040 de enchentes provocadas por chuvas. É tempo demais e sofrimento demais até lá.
Só os rios Tietê e Pinheiros recebem mais de 4 milhões de metros cúbicos de sedimentos a cada ano, que reduzem a capacidade de os leitos receberem as águas nos momentos de chuvas fortes. E a retirada de sedimentos não tem ultrapassado um milhão de metros cúbicos por ano.
Enchentes em São Paulo
Os dramas de cada dia estão mostrando cada vez mais que a Região Metropolitana de São Paulo precisa com urgência de um plano diretor integrado para enfrentar o problema de inundações em toda a área. Não basta tentar enfrentar o problema aqui e ali, episodicamente.
A questão começa nas redes de drenagem, que, mesmo onde existem, são insuficientes para o volume de água. Além disso, boa parte está com sua capacidade reduzida pelo lixo que chega com as águas.
Amianto
Depois de décadas de discussões na Justiça e na sociedade, parece aproximar-se de decisão a polêmica questão do uso e exportação de amianto pelo Brasil. A Procuradoria Geral da República já apresentou ao Supremo Tribunal Federal parecer em que a pede a declaração de inconstitucionalidade de uma lei de 1995 que permite a exploração, utilização industrial e comercialização desse produto. 
Água no Semi-árido brasileiro
São preocupantes algumas notícias sobre a questão de obras no setor de recursos hídricos no Semi-Árido brasileiro.
A primeira delas é na área do megaprojeto de transposição de águas do Rio São Francisco. Numerosos estudos mostraram inutilmente, durante décadas, que não é essa a melhor solução para prover de água regiões carentes e isoladas, que sofrem com as secas.
Agrotóxicos 
A decisão do governo dos Estados Unidos, de proibir a entrada no país de suco de laranja brasileiro - diante das evidências de contaminação por um fungicida chamado carbedazim, que é proibido em território norte-americano - mostra que precisamos ser muito mais rigorosos nessa área no Brasil. Os Estados Unidos respondem por 15 por cento do sujo de laranja exportado pelo Brasil, o que significa cerca de 300 milhões de dólares por ano.
Pantanal
Um novo relatório que mobilizou durante três anos mais de 200 cientistas de quatro países - Brasil , Argentina, Paraguai e Bolívia - chama a atenção para graves problemas que ameaçam toda a bacia do rio Paraguai, incluída a zona do Pantanal brasileiro. Nessa área de um milhão e duzentos mil quilômetros quadrados, desde a Cordilheira dos Andes ao Cerrado brasileiro, metade dos fluxos hídricos está sob risco médio ou alto. E 14 por cento em situação grave.
Mineração
A intenção do governo federal de discutir no Congresso Nacional um novo Código de Mineração pode ser uma boa oportunidade de atualizar muitos ângulos dessa questão.
O atual Código de Mineração não faz referência à extração mineral em terras indígenas, em áreas de proteção permanente, unidades de conservação ambiental e áreas consideradas bens da União, inclusive as de quilombolas e outras populações tradicionais. E, nelas, há muitas jazidas. A quem cabem os direitos ?
Cemitério
Como não conseguimos disciplinar a ocupação do espaço urbano - onde as regras são ditadas cada vez mais pela especulação imobiliária e pela lógica do transporte individual - a situação torna-se cada vez mais crítica. E agora abrange até uma área que parecia imune a esses problemas, que é a dos cemitérios.
Rio+20 Preparativos e Balanço dos Temas ambientais após a Rio-92
Os organizadores,na ONU,da reunião Rio+20, que marcará a passagem de duas décadas desde a conferência Rio 92-e que se realizará em junho,tomaram a decisão de não fazer o balanço do que foram esses últimos 20 anos nas áreas do clima,da biodiversidade,das florestas,da pobreza e da agenda 21 mundial.Porque certamente é um balanço muito preocupante.Em lugar disso, elegeram como novos temas a economia verde e a governança global sustentável.Mas é possível fazer aqui um balanço-começando pelo clima.
Preparativos para a Rio +20 e Balanço sobre Biodiversidade, 20 anos após a Rio 92
Da mesma forma que as mudanças climáticas, a proteção da diversidade biológica - que também teve uma convenção aprovada em 1992, no Rio de Janeiro - não será um tema específico da conferência Rio + 20, em junho próximo. Só entrará indiretamente na discussão.
Em 1992, a perda de florestas era da ordem de 17 milhões de hectares anuais com a derrubada de florestas tropicais - quase 500 quilômetros quadrados por dia. A perda de espécies era de 300 por dia.
Rio+20 -Pobreza
Na reunião mundial de 1992 no Rio de Janeiro, um dos temas centrais era a discussão sobre uma agenda 21 mundial, que permitisse enfrentar os graves problemas sociais de então. Já havia, num mundo de 5 bilhões de pessoas, mais de um bilhão que passavam fome todos os dias; 40 % da humanidade, mais de 2 bilhões de pessoas,viviam abaixo da linha da pobreza, recebiam pouco mais de um dólar por dia; mais de metade da população não dispunha de saneamento básico.
Rio+20 - Situação das Florestas
O avanço do desmatamento no mundo na época da Rio 92 era tão forte que não houve acordo para tentar discutir uma convenção que enfrentasse o problema. Só se conseguiu discutir uma declaração sobre florestas, pedindo empenho para sua conservação, dada a importância para a biodiversidade - pelo menos metade das espécies vivas - e para a manutenção do clima.
Rio+20 e Soluções 
Nas últimas quatro semanas, foram comentadas aqui as resoluções da Rio 92, há vinte anos, e o pouco efeito prático que tiveram - tanto que nem serão temas da conferência Rio + 20. Os temas escolhidos agora pela ONU são "economia verde" e "gestão sustentável no mundo".
Mas como se fará para chegar aí ? Há poucas semanas, vinte cientistas que já receberam o prêmio "Blue Planet" - uma espécie de Prêmio Nobel do Meio Ambiente - colocaram suas propostas para a ONU.



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