sexta-feira, 23 de março de 2012

Salmão, Maré, Sol e Lua

Você já pensou na relação que pode existir entre Peixe, Maré, Sol e Lua? 

Pois há um caso fantasticamente verdadeiro que ilustra muito bem o significado de estar-em-relação. 

É o caso do salmão-de-mar-aberto.
Theodor Schwenk relata isso em seu livro Das sensible Chaos:




Todo ano, no mês de maio, 
o salmão vem para a costa da Califórnia,
e por ali fica, esperando o momento
em que a maré alta atinge o ponto culminante.

No terceiro dia após a Lua Cheia, o plenilúnio,
deixa-se levar à praia, precisamente na última onda,
a mais alta da maré.

A fêmea então põe ovos na areia molhada
e os machos imediatamente os fecundam.

Logo chega a próxima onda,
a primeira da maré vazante,
que leva os salmões de volta ao mar.

Esta onda já não atinge a mesma altura da praia
onde ficaram os ovos.

Somente após catorze dias, lá vem de novo
a última onda da maré cheia. 

Alcança os ovos,
recolhendo ao mar os filhotes que acabaram de nascer.

Ano seguinte, no mês de maio, no terceiro dia
após a lua cheia, repete-se o fenômeno:
os peixes voltam às mesmas praias
para cumprir o mesmo rito de procriação.

Será também o mesmo instante
em que Salmão, Terra, Sol e Lua
estarão em certa relação.

Melhor dizendo - em relação certa.

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